domingo, 25 de maio de 2008

TRIO NORDESTINO: ONTEM E HOJE


FORMAÇÃO ORIGINAL DO TRIO NORDESTINO

FORMAÇÃO ATUAL DO TRIO NORDESTINO


Há exatamente 50 anos, três jovens baianos Evaldo dos Santos, Lindolfo Mendes Barbosa e José Pedro Cerqueira se juntaram no Pelourinho decididos a fazer sucesso. Assim surgia o Trio Nordestino, agora com três artistas: Coroné (Evaldo), Lindú (Lindolfo) e Cobrinha (José Pedro).

Na época os três conheceram o radialista Gordurinha, que os vendo tocar e levar a platéia ao delírio, convidou o grupo para ir ao Rio de Janeiro, prometendo encaminha-los a uma gravadora. No ano de 1962 o grupo grava seu primeiro sucesso: “Chupando Gelo” e a partir daí começa a lançar praticamente um disco por ano, trazendo outras canções que ficaram famosas como “Pau de Arara é a Vovozinha”, “Vamos Xamegar” e “No Meio das Meninas”.

No início da década de 70, o Trio Nordestino lança o seu grande sucesso “Procurando Tu”, que ficou durante 3 meses seguidos nas paradas de sucesso e vendeu mais de 1 milhão de cópias, ficando atrás apenas de Roberto Carlos. Nesta mesma década fizeram bastante sucesso outras músicas tais como “Forró Pesado”, “Cililiqui”, “Chinelo da Rosinha”, “Petrolina Juazeiro” e “Chap Chap”.

Em 1980 o grupo sofre uma grande perda com a morte de Lindú, o sanfoneiro e vocalista do Trio. Ele foi substituído pelo sanfoneiro Genaro que ficou por 11 anos no grupo, mas em 1992 resolve seguir com a carreira solo. Alguns meses depois, morre Cobrinha.

Coroné, mesmo sozinho, não deixa o grupo morrer e convida Luiz Mário, o filho de Lindú, para continuar a fazer shows, com a presença de alguns sanfoneiros convidados. Em 1995, Mariazinha, viúva de Lindú indica Beto Souza, que era afilhado de seu marido, para compor o grupo.

O Trio Nordestino entra em uma nova fase. Os três passam a fazer turnês pela Europa e Estados Unidos, recebem várias indicações de prêmios de melhor grupo regional e gravam o primeiro CD intitulado “Xodó do Brasil”.

Em abril de 2005 morre Coroné e o seu neto Carlinhos, que foi batizado de Coroneto, assume a zabumba do avô. Esta nova formação do grupo com Luiz Mário, Beto Souza e Coroneto segue até os dias atuais, fazendo shows em todo o Brasil.

Para Beto Souza, integrante da nova geração do Trio Nordestino, o importante é manter viva a tradição do forró pé-de-serra que deve ser passada ara as gerações futuras. É com esse objetivo que eles continuam dando segmento ao Trio Nordestino que está completando 50 anos. “A gente faz as mesmas coisas que o Trio Nordestino original, só que dá uma roupagem diferente, mas sem fugir da tradição e sem fugir daquilo que é o forró pé-de-serra. A sanfona, o triângulo e zabumba dão a base, e o que nós fazemos é dar uma incrementada”, complementa Beto.

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